sexta-feira, 11 de maio de 2012

"Morram os cães, vivam os homens"

Esta frase eu ouvi de um transeunte que passou pelo nosso grupo de manifestantes durante a passeata contra a vivissecção e a experimentação em animais, realizada em Brasília, no dia 28 de abril de 2012.

Estávamos usando jalecos e máscaras descartáveis manchados de tinta guache vermelha para simular o horror do ato de abrir animais vivos em salas de aula e em laboratórios da indústria farmacêutica e cosmética, e nossa postura, não apenas para a performance, mas pelo próprio sentimento que nos motivava estar lá naquela tarde ensolarada de sábado, era o de luto. Combinamos de manter uma postura de luto respeitoso enquanto seguíamos um tambor com ritmo fúnebre, e decidimos não ficar conversando entre nós, enquanto carregávamos faixas e cartazes com as grotescas fotos de animais vitimados pela pseudo perfomance científica.

Eu não pude, então, responder na hora ao traseunte anônimo. Mas o que eu queria dizer para ele naquela hora eu digo agora, aqui: Eu não quero mais viver num mundo que tem de escolher entre um e outro.

É miséria demais.

2 comentários:

Anônimo disse...

Talvez vocês poderiam fazer cartazes sobre isto ou folhetos explicando isto.... Como ainda é preciso trabalhar muito pela humanidade, tem gente que não entende que esta causa não é excludente e estas pessoas precisam entender...

Juliana Silveira disse...

Olá, Anônimo. Muitos grupos têm material disponível em seus sites, mas falta não apenas dinheiro para massificar a distribução, como também a parceria com outros meios de comunicação. Infelizmente, os governos também não têm dirigentes das áreas de saúde, de vigilância ambiental ou mesmo de segurança, como as polícias, conscientizadas sobre a questão. Mesmo ambientalistas somente falam em florestas quando se referem ao meio ambiente e se esquecem do meio urbano, e da fauna urbana. Enfim, sua sugestão é muito válida e os grupos têm lutado para conseguir isso!